Quando comecei a fazer crochê, eu só queria aprender algo novo para me distrair, ocupar a mente e criar peças bonitas para minha casa. Nunca imaginei que aquela agulha e um novelo de linha mudariam minha vida financeira.
Neste artigo, quero compartilhar com você como o crochê se transformou na minha fonte de renda e como qualquer pessoa — com vontade de aprender e dedicação — pode fazer o mesmo.
O começo simples: linha, agulha e YouTube
Tudo começou de forma despretensiosa. Um dia, navegando na internet, encontrei um vídeo ensinando a fazer uma flor de crochê. Peguei uma linha que tinha em casa, comprei uma agulha básica e tentei fazer. Não saiu perfeita, mas me apaixonei pelo processo.
Continuei assistindo vídeos, repetindo pontos, testando gráficos e, aos poucos, fui entendendo como o crochê funciona. No começo errava muito, mas não desisti. E cada peça pronta me dava mais ânimo.
Quando percebi que poderia vender
Minha primeira venda veio sem eu esperar. Fiz um jogo de banheiro para mim, postei no meu status do WhatsApp, e uma amiga perguntou se eu fazia por encomenda. Eu nunca tinha pensado nisso, mas disse que sim — e ali começou tudo.
Depois disso, comecei a postar tudo que eu fazia: tapetes, caminhos de mesa, sousplats… E logo vieram mais pedidos. Comecei a anotar os custos, calcular o tempo e definir um valor justo pelo meu trabalho.
Os primeiros desafios
Como todo começo, não foi fácil. Tive dificuldades para precificar corretamente, já que no início cobrava muito barato por medo de “não vender”. Também demorei um pouco para entender que o cliente não compra só o produto, mas também o valor do feito à mão e o carinho envolvido.
Outro desafio foi a organização: separar horário para produzir, divulgar, entregar e responder os clientes. Aos poucos, fui aprendendo que é preciso tratar o crochê como um trabalho — e não só como um hobby.
A virada: pensar como empreendedora
O ponto de virada foi quando percebi que, se eu organizasse tudo direitinho, poderia ter uma renda fixa com crochê. Comecei a me planejar melhor, a investir em fios de qualidade, fotografar bem minhas peças e criar uma rotina de produção.
Criei um Instagram só para mostrar meu trabalho, comecei a fazer feiras locais e também divulguei em grupos do Facebook da minha cidade.
Além disso, comecei a estudar sobre vendas, marketing e produtividade — porque mesmo sendo artesanal, o crochê pode ser um negócio profissional.
Como você pode fazer o mesmo
Se você está começando agora ou já faz crochê há algum tempo e quer transformar isso em renda, aqui vão algumas dicas que me ajudaram:
- Treine bastante no início. Não tenha medo de errar. Pratique os pontos, aprenda novas técnicas e se desafie com peças diferentes.
- Divulgue seu trabalho. Poste no seu WhatsApp, Instagram e nos grupos da sua cidade. O cliente só vai comprar se souber que você existe.
- Capriche nas fotos. Uma boa imagem vende. Pegue um fundo neutro, boa iluminação e mostre os detalhes da peça.
- Precifique corretamente. Some o custo dos materiais, o tempo gasto e um valor justo pelo seu talento. Não se desvalorize!
- Atenda bem o cliente. Seja simpática, rápida nas respostas e cumpra os prazos. O boca a boca é uma poderosa forma de divulgação.
- Se organize. Tenha um caderno ou planilha para anotar pedidos, prazos, materiais e gastos.
- Nunca pare de aprender. Sempre tem algo novo pra fazer no crochê — e mais conhecimento significa mais oportunidades de ganhar dinheiro.
Conclusão
Hoje, o crochê é parte da minha vida. Além de ser uma terapia, é minha fonte de renda e realização. Saber que algo feito pelas minhas mãos está decorando uma casa, sendo presenteado com carinho ou até ajudando outra pessoa a ganhar também me emociona.
Se você está nessa jornada, saiba que é totalmente possível viver de crochê. Pode não ser fácil no começo, mas com dedicação, capricho e amor pelo que faz, os resultados chegam.
E se precisar de ajuda, dicas ou inspiração, continue acompanhando o Impulso Dourado. Aqui, você encontra muito mais do que receitas de crochê: encontra apoio para crescer com o seu talento.